Nem só de mistérios celestes ocupava-se a mente dos frades da abadia beneditina de Hautvillers, norte da França. Quando misturavam determinados tipos de uvas para produzir o vinho branco da casa, aqueles irmãos notavam com espanto e assombro o incomum espocar de rolhas e o sobrenatural estourar de garrafas na calada da noite, sem que ninguém houvesse entrado na adega.
O mistério foi resolvido quando o frade Perignon decidiu experimentar o efervescente conteúdo daquelas garrafas. Provou da primeira. Da segunda. Da terceira. E lá pelas tantas, iluminado, gritou aos confrades a célebre frase " Estou bebendo estrelas!". Assim, reza a lenda, foi inventado o champagne.
Endeusado na corte de Luís XV, o vinho espumante foi definido pela não menos borbulhante Madame Pompadour como a única bebida capaz de tornar mais bonita uma mulher.
No mesmo ano em que faleceu Luís XIV, o Rei Sol, Don Perignon tomou seu lugar à esquerda do Altíssimo, como aquele que permitiu a pobres mortais o privilégio de beber estrelas.
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