Éramos dois e o silêncio. Aos poucos foram chegando aromas, intimidade, lembranças. E a mesa se encheu de sorrisos, beijos, algazarra de crianças brincando felizes, fraldas trocadas no meio da noite, aniversários, cristais se encontrando, banhos de cachoeira, lugares mágicos, fotografias de encher um baú e gente. Tanta gente que o espaço ficou pequeno.
No meio daquela confusão, pisquei para a taça de beaujolais e saí sem me despedir de todas aquelas reminiscências de uma vida acre-doce de comédia dramática argentina. Nem bem me levantei, esbarrei na imagem de Verônica que, mais uma vez, insistia em que retomasse o Pisando em Uvas.
Voltei como saí, à francesa.